A menina que roubava livros foi a obra que mais me tirou lágrimas.
Mostrando a grandeza do amor, da amizade, o sabor das coisas simples, e ao mesmo tempo demonstrando a tristeza, as dificuldades de um povo que era obrigado a conviver com a ignorância dos atos de Hitler. Este livro me ensinou que não foram somente os judeus que sofreram na Alemanha nazista, mas sim o próprio povo, os pobres da Alemanha em meio a uma guerra e a tantos problemas internos de um país cheio de brutalidade.
Nossa querida personagem Liesel e as pessoas de sua vida – Rudy Steiner, seu melhor amigo e amor, Seus pais de criação Rosa e Hanns Hubermann, que ela amava mais que tudo, Max Vanderburg, seu amigo judeu que lhe ensinou que a amizade transpassa qualquer barreira... – ensinam , em meio a tantas tragédias, lições de vida importantíssimas. Nos mostram como ser feliz em meio a uma vida de tantas dificuldades. Nos mostra que o amor está acima de tudo, que as coisas boas são as mais simples, que devemos aproveitar cada momento...
Entre 1939 a 1943 muitas coisas se passam na vida desta menina, que chega à casa dos pais de criação com 10 anos de idade, com a recém-perda do irmão mais novo e o adeus à mãe biológica... E seu primeiro livro roubado embaixo do braço.
O manual do coveiro, e outros livros que ela adquiriu durante estes anos – fossem roubados ou ganhados – participaram ativamente da vida desta menina, ajudaram-na a viver e a transpor muitas dificuldades.
É uma historia triste, histórica, romântica, alegre... Mexe com os sentimentos e os transforma em um turbilhão. Você deseja que os personagens tenham sido reais, ao mesmo tempo em que deseja que não tenham sofrido. Você ri, chora, se emociona, torce... Não há outras palavras para descrever além de perfeito.
E a narradora então, maravilhosa. A própria morte conta a historia de Liesel. A própria morte narra a guerra, seus mortos, a cor do céu de cada dia.
E Markus Zusak realmente ganhou meu coração e meu respeito. Difícil achar um autor que narre uma historia com tanta perfeição, tanta paixão, tanta devoção... Estou anciosa para ler outros livros dele.
Declaro aqui minha paixão pela menina que roubava livros e por todos os personagens dessa série maravilhosa. Espero que vocês possam ter a oportunidade de ler e sentir o que senti. É avassalador.
“Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.”
Markus Suzak - A menina que roubava livros - Liesel
“-Que tal um beijo, Saumensch?
Ficou parado mais alguns instantes, com água pela cintura, antes de sair do rio e lhe entregar o livro. Tinha as calças grudadas no corpo e não parou de andar. Na verdade, acho que ele sentiu medo. Rudy Steiner ficou com medo do beijo da menina que roubava livros. Devia ter ansiado muito por ele. Devia amá-la com uma intensidade incrível. Tanto que nunca mais tornaria a lhe pedir seus lábios, e iria para sua sepultura sem eles.”
Markus Suzak - A menina que roubava livros
“Não ir embora: Ato de amor e confiança.”
Markus Suzak - A menina que roubava livros
“..Anos antes, quando os dois haviam apostado corrida num campo lamacento, Rudy era um conjunto de ossos montado às pressas, com um riso irregular e hesitante. Sob o arvoredo, nessa tarde, era um doador de pão e ursinhos de pelúcia. Um tríplice campeão da Juventude Hitlerista. Era seu melhor amigo. E ESTAVA A UM MÊS DE SUA MORTE... ESTAVA SE DESPEDINDO DELE, E NEM SABIA...”
Markus Suzak - A menina que roubava livros
“Não quero ter esperança de mais nada. Não quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner, porque o mundo não os merece.”
Markus Suzak - A menina que roubava livros - Liesel
“Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.”
Markus Suzak - A menina que roubava livros – A morte
“...Um dia, porém, ela conheceu um homem que era desprezado por sua pátria, embora tivesse nascido nela. Os dois se tornaram bons amigos e, quando o homem adoeceu, a sacudidora de palavras deixou uma única lagrima cair sobre o rosto dele. A lagrima era feita de amizade – uma só palavra – e secou e se tornou uma semente entre as outras arvores. Regou-a todos os dias.”
A sacudidora de palavras em A menina que roubava livros
A sacudidora de palavras em A menina que roubava livros